Nesse dia 8 de março celebramos também mulheres que fizeram e fazem ciência todos os dias.
Apesar de sua importância para a ciência, as mulheres representam apenas 33% dos cientistas, 4% dos prêmios Nobel e apenas 11% dos presquisadores sêniors da Europa.
Algumas mulheres que mudaram e mudam os rumos da ciência
¹https://www.forwomeninscience.com/
Marie Curie: Cientista polonesa que junto com o seu marido foi responsável por isolar e catalogar os elementos químicos Rádio e Polônio, única mulher que já recebeu o prêmio Nobel duas vezes (de Física em 1903 e de Química em 1911). Marie infelizmente morreu de leucemia, em decorrência da exposição prolongada a elementos radioativos, suas descobertas e seu nome jamais serão esquecidos.
Berta Lutz: Além de uma das principais líderes na luta pelo direito ao voto das mulheres brasileiras, Berta foi uma grande zoóloga, responsável por descrever e catalogar diversas espécies de anfíbios.
Nise da Silveira: Renomada Psiquiatra brasileira, lutou contra o uso de terapias agressivas, como eletrochoques e lobotomias, no tratamento de doenças mentais, seu trabalho revolucionou o tratamento psiquiátrico no Brasil.
Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna: Ganhadoras do Nobel de Química de 2020 pela criação do Crispr, um método de edição do genoma.
Mayana Zatz: Bióloga molecular e geneticista, Integrou a equipe responsável pelo mapeamento do gene que causa a síndrome de Knobloch, Mayana também é ativista na luta pela aprovação de políticas públicas em favor da ciência no Brasil.
Maria Regina de Vasconcelos Barbosa: Professora titular da Universidade Federal da Paraíba, engenheira florestal, Mestra em Ciências Biológicas e Doutora em Biologia Vegetal, Curadora do Herbário Lauro Pires Xavier,. Regina atua na área de Botânica, com ênfase em Taxonomia de
Angiospermas, atuando principalmente nos seguintes temas: flora do nordeste, taxonomia e diversidade de Rubiaceae, florística de Mata Atlântica e Caatinga, relações plantas-animais. Possui mais de 90 artigos e pelo menos 40 capítulos de livros publicados, sendo assim um importante nome da botânica brasileira.
Cristiane Francisca da Costa Sassi: doutora pela Universidade Federal da Paraíba, professora e cientista vinculada a UFPB, Cristiane atua primariamente na área de ecologia de recifes de coral, com trabalhos voltados para monitoramento de eventos de branqueamento de recifes de coral e doenças em cnidários. Contando também com atuações nas áreas de educação ambiental e percepção ambiental de recifes de coral, além de desenvolvimento de biotecnologia a partir de microalgas.
Margareth Diniz: Graduada em Farmácia e Medicina, Mestra e Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos. Margareth se tornou em 2012 a primeira reitora da UFPB, cargo que manteve até 2020. Tem desenvolvido pesquisas quanto aos efeitos da Covid, e já publicou mais de 150 artigos em sua carreira. Margareth Diniz é sem dúvida uma inspiração para as cientistas paraibanas. Importante notar ainda, que não fosse pela ação de um interventor que não respeitou as eleições para o cargo de reitor da UFPB, teríamos mais uma vez uma mulher no cargo.
Krystyna Gorlach Lira: Professora titular da Universidade Federal da Paraíba, bióloga, Mestra e Doutora em Microbiologia. Desenvolveu pesquisas importantes na área de diversidade fisiológica e molecular das bactérias dos ambientes tropicais, e em muitas outras áreas da Biologia Molecular. Krystyna detém a patente do “Forno para Sinterização e Expansão de Minerais” e do “Processo de produção de xilanases por bactéria termofílica”.
Luciana Barbosa de Oliveira Santos: Engenheira e Política Brasileira, é a primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra da Ciência Tecnologia e Inovação na História do Brasil no ano de 2023.
Nísia Trindade de Lima; Primeira Presidente Mulher da Fundação Oswaldo Cruz a (2017-Presente)
Doutora em sociologia, foi vice-presidente de ensino, informação e comunicação da fundação e professora do Programa de História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz). É também professora adjunta de sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Integra o conselho editorial de prestigiadas revistas científicas e é pesquisadora de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Premiada diversas
vezes, participou da organização e autoria de quase duas dezenas de livros.
As mulheres acima citadas são apenas uma pequena parcela de tantos nomes que fizeram revolução e fazem revolução na ciência, seus trabalhos, assim como os de tantas outras merecem ser lembrados e celebrados. Mas para além ainda são necessárias políticas de incentivo às mulheres na ciência que trabalhem pela paridade.
Seguem algumas inciativas importantes que trabalham por mais inclusão das mulheres na ciência:
– Ciencia & Mulher da SBPC
http://www.cienciaemulher.org.br/
– Instituto Serrapilheira
https://serrapilheira.org/por-mais-mulheres-na-ciencia-e-na-divulgacao-cientifica/L'
– L’Oréal-UNESCO For Women in Science
https://www.forwomeninscience.com/
– Parents in Science
https://www.parentinscience.com/